segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Primeiro PostE =D


Mais um dia de verão e estou na loja escrevendo apenas para passar o tempo.
Hoje acordei pensando ter sido picada por algum bicho venenoso. Mas era só impressão. Que alívio!
Nessa hora minha mãe fez um "belo"convite de ir à academia. Curiosidade: eram 8hrs e ainda estava com o corpo mole de sono. Rapidamente recusei o convite e fui dormir na sala pois a diarista logo iria me expulsar do quarto. Liguei a televisão e ainda com os olhos semi-abertos pude assistir o desenho da manhã. Não me lembro bem o nome, só sei que têm três espiãs que com o charme de seus acessórios de combate, lidam com os crimes que acontecem pelo mundo ou em especial, Beverly Hills. Depois do desenho fui tentar dormir pelos míseros 60 minutos que me restavam, mas fui impedida pelo sanguessuga mais impertinente que existe. O Pernilongo. Isso me fez lembrar de quando era pequena e não sabia falar essa palavra direito, então isso soava como uma "senvergonhisse" mas ao mesmo tempo engraçado e fofo na pele de uma criança gorda com cabelo de menino e extremamente sorridente.
Pelo que posso recordar, minha infância foi rica de momentos constrangedores, como o episódio da ponte.
Era também verão e minha mãe resolvera visitar uma amiga que vendia gelinho "perto" de casa. Não suspeitava onde era, aliás, só sabia que era perto pois minha mãe nunca andava à pé pela rua se a distância fosse mais que 500 metros. Foi então que no meio do caminho avistei o mais assustador de todos os meus pesadelos, "A Ponte", lá estava ela com a aparência tão frágil e antiga. Nesse momento só que me passou na cabeça era a imagem da ponte caindo no laguinho sujo que passava embaixo dela.
Minha mãe avistara a casa da santa mulher do gelinho e apontara para mim dizendo:
" - Chegamos! É só atravessar a ponte e pronto!"
Não sei o que me deu, acho que foi meu instinto de sobrevivência que começou a gritar dentro de mim e que mais tarde eu o colocara para fora como um desabafo. Senti um extremo desapontamento seguido de raiva nas palavras de minha mãe, mas eu já estava decidida. Não iria passar naquilo nem que se me dessem um caminhão de doces. Então chorei, esperneiei, corri, segurei-me no poste, enfim, resisti de todas as maneiras possíveis de ser puxada à força para a morte.
Isso não só deixou minha mãe furiosa como também minhas irmãs pois devido a minha implicância, tivemos que dar uma volta que daria quase o triplo da distância inicial até a ponte. Mas eu não liguei muito, afinal... estava com um gelinho numa mão e na outra a Vitóriaaaa!!!